Blog do Roberto Moraes - 9 de junho de 2007 - 00:50
Se tiver que deixar de lado este preceito melhor seria não tê-la. Nem o governo militar conseguiu calar a universidade. Durante o período mais forte do regime militar, os professores que conseguiram escapar da devassa ditatorial tiveram apoio até de dirigentes que presos à idéia da liberdade, mesmo que adeptos do liberalismo, abriram espaços para as manifestações que crescentes culminaram com a anistia.
O senhor dos royalties é mais reacionário do que o antigo senhor dos engenhos
Passados estes tempos, não poderia imaginar, que em minha doce terra viesse a ter que deparar com o “senhor dos royalties” mais perigoso, presunçoso, reacionário que aqueles, que no passado chamados de “senhores dos engenhos”, intitulados como defensores do atraso e aliados dos milicos, talvez, não tivessem sido tão ousados e farsantes como os atuais donos do dinheiro alheio que vindo gratuitamente dos royalties faz soldado desejar continência como se general fosse.
Qual é o seu preço? Se não aceitar, eles oferecem a outros e atribuem isto ao que consideram “lei do mercado”
Tentam comprar tudo e todos. Dos clubes, às igrejas passando pelas antes combativas associações de moradores, que hoje raramente conseguem resistir às sirenes das plataformas que anunciam e bradam os royalties como tentação. A sociedade está emudecida, silenciosa, as igrejas de assistencialistas viraram pedintes e o povo cada vez menos solidário é cooptado nas esquinas ou nos escritórios da burocracia governamental. Não, esta não é a pronunciação de discurso pueril e purista, mas da constatação de que a nova elite econômica derivou da elite política e dos asseclas que assaltam nosso povo.
Quem na verdade cospe no prato que comeu?
É aquele que deseja transparência, critérios, rigor e justiça na distribuição do dinheiro público ou aquele, que faz leilão do dinheiro com o qual pretende comprar a consciência e os resultados dos estudos gerados na universidade? Taí, o ovo de Colombo. Claro como a luz do sol nascente. O maior temor é sobre o conhecimento, o saber e a independência que a universidade pode gerar. Talvez tenham descoberto que daí nascerá a resistência daqueles que cansados de dar voto de confiança começa a ver, que a bolsa de estudo é um direito e seu, e que, o voto que está sendo gerado no fundo d’alma é o da ordem de despejo desta turma. Há que nos vermos livres dos padrinhos e dos afilhados fiéis ou infiéis que tudo fazem para sustentar os anéis e os dedos que não querem se desgrudar da teta dos royalties.
posted by Roberto Moraes at 00:50
Se tiver que deixar de lado este preceito melhor seria não tê-la. Nem o governo militar conseguiu calar a universidade. Durante o período mais forte do regime militar, os professores que conseguiram escapar da devassa ditatorial tiveram apoio até de dirigentes que presos à idéia da liberdade, mesmo que adeptos do liberalismo, abriram espaços para as manifestações que crescentes culminaram com a anistia.
O senhor dos royalties é mais reacionário do que o antigo senhor dos engenhos
Passados estes tempos, não poderia imaginar, que em minha doce terra viesse a ter que deparar com o “senhor dos royalties” mais perigoso, presunçoso, reacionário que aqueles, que no passado chamados de “senhores dos engenhos”, intitulados como defensores do atraso e aliados dos milicos, talvez, não tivessem sido tão ousados e farsantes como os atuais donos do dinheiro alheio que vindo gratuitamente dos royalties faz soldado desejar continência como se general fosse.
Qual é o seu preço? Se não aceitar, eles oferecem a outros e atribuem isto ao que consideram “lei do mercado”
Tentam comprar tudo e todos. Dos clubes, às igrejas passando pelas antes combativas associações de moradores, que hoje raramente conseguem resistir às sirenes das plataformas que anunciam e bradam os royalties como tentação. A sociedade está emudecida, silenciosa, as igrejas de assistencialistas viraram pedintes e o povo cada vez menos solidário é cooptado nas esquinas ou nos escritórios da burocracia governamental. Não, esta não é a pronunciação de discurso pueril e purista, mas da constatação de que a nova elite econômica derivou da elite política e dos asseclas que assaltam nosso povo.
Quem na verdade cospe no prato que comeu?
É aquele que deseja transparência, critérios, rigor e justiça na distribuição do dinheiro público ou aquele, que faz leilão do dinheiro com o qual pretende comprar a consciência e os resultados dos estudos gerados na universidade? Taí, o ovo de Colombo. Claro como a luz do sol nascente. O maior temor é sobre o conhecimento, o saber e a independência que a universidade pode gerar. Talvez tenham descoberto que daí nascerá a resistência daqueles que cansados de dar voto de confiança começa a ver, que a bolsa de estudo é um direito e seu, e que, o voto que está sendo gerado no fundo d’alma é o da ordem de despejo desta turma. Há que nos vermos livres dos padrinhos e dos afilhados fiéis ou infiéis que tudo fazem para sustentar os anéis e os dedos que não querem se desgrudar da teta dos royalties.
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